A semeadura é livre. A colheita, obrigatória.



Ajude-me, Deus, na seara pessoal...
A escolher quais sementes com sabedoria,
A não plantar o desnecessário!
(e se houver expensas pela fertilidade sublime do solo que o Senhor Criou, impeça-me de armazenar ou oferecer aos meus prediletos, mas sim aos que jamais me conhecerão).

Ajude-me a não plantar sequer um grão a mais do que darei conta de colher, castigando a terra com minha lentidão.
Ajude-me a não apressar com excessos de água e luz, desrespeitando o tempo precioso...
Mas aguardar vigilante, educando o amor e a paz do espírito enquanto minhas sementinhas crescem.

Ajude-me a não devastar o Terreno Consignado, muito menos entendê-lo como meu;
Diante do piso emprestado, impeça-me de efetuar mudanças indevidas. O que me rasgaria a existência, e arrastaria aos registros eternos, minha assinatura infeliz.

... Quando, Senhor, as sementes se transformarem... Como o milagre que o tempo oferece à salvação, quando minha plantação estiver folhosa e robusta, que algo semelhante se opere também em mim.

Então, ajude-me a retirá-las aos brotos e frutos com todo cuidado, refazendo a porção de solo e devolvendo-o imaculado como era antes de minha passagem,
... para que outros venham! e obtenham os mesmos benefícios que obtive ali:
O mesmo sol, para sãos e enfermos. O mesmo vento, para cativos e forasteiros. O mesmo Amor teu, a débeis e a serenos!... A mesma paciência, remediando cada um dos Filhos queridos, meus irmãos.

Ajude-me a não ocupar espaço com a minha presença sentinela, porque meus passos são muito pesados ainda. Em nada protegeriam as arvorezinhas, e ainda amassariam a terra fofa que já recebeu a charrua perfeita.

Cumprida a safrinha santa, que eu me deite devagar até relar a face sobre a terra, e minhas mãos a acarinhem agradecidas aos calos e espinhos, como se num abraço grato pelo sustento provido, e à sombra do repouso, eu sentisse sem medo, ter feito o melhor naquele perímetro.

Abata-me sem misericórdia, se um dia qualquer porção de solo se tornar infértil por meu desastre.
E então, que o sustento da colheita me sirva de forças brandas para o dia de despojar a matéria, sem temor de quaisquer dependências...

Ah, e que um dia eu possa saber, de onde eu estiver,
que ali tinha café,
maçãs, amoras, cerejas, castanhas,
sombra para descanso,
galhos de balanças infantis,
casinhas montadas por crianças,
raízes de saúde à gramíneas verde-limão,
algumas rosas e outras flores,
colméias fartas de mel,

E ninhos de pássaros bebês, assumindo a música de cada manhã.

Pedindo a Deus para o pensamento ser bom :)



 Jesus, que ao fechar meus olhos, a primeira imagem venha sempre da figura terna e complacente do Teu rosto, que minha mente criou com carinho para lembrar-te em prece.
 :)
 Ajude-me a cuidar dos pensamentos, que por vezes, toma formas mais selvagens do que autorizo.

Guarda-os dos assaltos envolventes e inferiores, que atraio pelos meus próprios desequilíbrios.
Em meio da novidade de Teu amor companheiro, venha também Tua paz, e atordoe tudo o que há de infeliz em meus sentimentos.

Que a Tua presença encontre terreno fértil em meu esforço de educar a emoção, e me ajude a abrir mão das inclinações repugnantes de meu espírito, que se deixou seduzir pela matéria.

Recentemente, Senhor, levei meu coração à Tua escola, e lá constatei a ignorância que me acabrunha, revelando-me pequena e de pouquíssima luz.

Comparo-me, sobre meus pensamentos, Senhor, a um cavalo.



Um cavalo selvagem não se adéqua aos bloqueios das cidades, e um cavalo domado não sobrevive à selva.

Foi então que me vi esbarrando em delicadezas preciosas, e também, inane e incapaz, diante da Imensidão da Natureza, sem Teu auxílio.

Venho pedir-te Jesus, me assiste no pendor do equilíbrio, para que eu não fira jamais! tuas leis salvadoras.

Contenha-me o galope do pensamento desgovernado, protegendo-o em minha própria escuridão, daqueles que vêm em meu detrimento, cobrando males que moram no passado, e que são de minha autoria. Impulsione-me ainda, na força e na coragem de agir calorosamente em Teu nome, quando o medo me assaltar.

Ajuda-me, Senhor, a recobrar minha certeza que adormeceu: a da Tua paternidade! ... Que aguarda os filhos galopando na bondade, e também sabendo amansar os passinhos a pequenos trotes, sempre que a obediência pedir paz e silêncio, na cura de irmãozinhos em agonia.

Ajuda-me, Pai, a manter a temperança e a robustez da fé, para que eu galope a serviço do bem, e trote pelos vales de dificuldade, sem expansão de mim... Mas de Ti.

Ainda, Senhor, ajude esse pequeno espírito que guarda longa embaraçosa história, enquanto concursa agora, Te louvando, novos caminhos...

Ainda assim, sequioso de amor e felicidade, como à Natureza, louva um cavalinho. Faze-me simples, Senhor, e pelo pensamento em educação, digna de Ti.

olivia.

Beleza!



Que tal um papel em branco?
Ou, um papel... em aberto?
Ótimo!
N’ele podemos escrever, ou ele, podemos assumir.
Que tal então assumir o papel de o amado de Deus, com jus ao sentimento. Fugindo da incondicionalidade de Seu zelo, mas merecendo de fato, através de bons atos?

Ótimo, como disse o Mestre Jesus, é preciso semear.

O que nos resgata da leviandade exige esforço. Façamo-lo.

A primeira semente é delicada, porém, uma vez vingada, tem raiz maior que a porção de aparência frágil, que se expõe. A recolha de frutos é ligeira, e os galhos franzinos sustentam com doçura e força, os objetivos da árvore.
E essa árvore, chamaremos de Caridade.

Ainda em mãos, mais novas sementes. A segunda que plantaremos, demanda terreno preparado, terra boa e água abundante. É de aparência irregular, dureza extrema, coloração opaca, e precisa de grande profundidade para germinar. Por tal, nosso esforço será no ato de cavar. Derramaremos gotas de suor, teremos nossa exaustão física, respiração ofegante, e tomaremos tempo a cobri-la e umedecer a fenda.
Os frutos quase apressados, rompem às alturas, são fartos e suficientes. E fornecem energia à semelhança da dificuldade de apropriá-los à vida.

Essa árvore exuberante, é a Humildade.

A terceira semente, é muito pequenina... Deve ser semeada como pólen, aos punhados de mãos, tamanha minúcia. Produz gramíneas, e a função única é a de forrar o solo de nossa caminhada, dando conforto e temperatura aos pés descalços, mas sendo também resistente aos passos mais pesados, ou os que o são por carregarem irmãos no colo. A cobertura do solo é resistente, e surge com tão pouco, apenas três ou quatro precipitações. A cor é luminosa, a espessura é finíssima, assemelhando-se ao algodão.

Essa planta que carpetou o chão de todos, chama-se Caminho.

Continuemos nossa empreitada do futuro... A quarta semente, na verdade é uma floreira, de simples cultivo. Rega una, e rara poda.
Exerce função exclusiva de expressar nossos gestos de beleza, aos quais a nomenclatura se faz rara.
Queremos amar, perdoar, pedir perdão, avisar que somos fraternos, que enterramos o orgulho, que temos mãos de trabalho... Queremos orar, derramar lágrimas de alívio, aprendemos a olhar o céu, observar a Lei... E bem sabemos que a todo bom sentimento, rende-se um galanteio.

As flores multicoloridas de nossa floreira, são delicadas ao toque, mas firmes em ‘casa’... Dependuram-se nos galhos verde-limão com beleza única, e se atiram para frente, buscando nossos olhares, e ao uni-las para apanhar um buquê, deslumbram em textura e aparência. São o espetáculo máximo da natureza...

Essa floreira linda, chama-se Gratidão.
Sentimo-nos jardineiros de boa fé, sucintos nas palavras pensadas... Desejamos o máximo de pouca existência, e ainda assim, convocamos nossos amados ao deleite.
Temos em mãos, acontecimentos.

Algo tão simples, tão... OBRIGAÇÃO... Chão feliz para pisar, arranjo de flores corajosas, para doar! Sementes vivas de armazém próprio, para ostentar, e a vida que se faz por sutilezas, oferecemos antes de pensar.

Queremos ofertar... Queremos mostrar o cultivo, sonhamos em dividir os extremos, vemos familiares, se quais queres nos notam vivos... Focados no imo de vida... A vontade! de dividir o que nos houve...

A plantinha floresce, a gramínea cresce, a árvore SE ESTABELECE em lugar!... Temos até amanhã ou depois, para convocar nossos amigos, temos hoje para contemplar o nascido!...

A natureza, deu a água sem publicar, deu o tempo exato, cresceu sem pressa e com resultado, nossa poesia vive, e sempre onde ou em quem! Houver a fé que realça a estrada... Nada será difícil de terminar, nem desesperador de começar.

É tão simples, que faz chorar.

Deus, Nosso Pai tão sensato, age de forma a desafiar esperança... Mas essa que a temos, é estranha, ainda cheia de junco em meio às plantas floreiras... Sem a delicadeza de perceber o estado de glória em que todos vivemos... Cada um com a sua história, mas todos, com graves desejos...

E se formos ver das pertinências, o que nos foge ao entendimento, tão sabemos que não convém... Como sabemos que a entrega sim, é exata, até o dia... Em que finalmente... Aprenderemos...

Deus está vigente, como sempre... E nós, em sonhos belíssimos, O acatamos como a verdade que nos move, rumo à Ele... Com Suas absolutas e perfeitas,

Bênçãos.

Nosso jardim é liiiiiiiindo!

*:)




Olívia.

Mensagem

Aquele que não se esforça para compreender o próximo como irmão acaba por se privar da sublime sensação de igualdade.

Não desejo transmitir poesia, nem usar a palavra irmandade com beleza, mas sim com verdade.

Atentemo-nos à breve mensagem:


'CRESCENDO'

“Tenho livre acesso ao nobre sentimento de semelhança, do qual aproveito, mas minha ascensão ainda se demora.

Semelhança! Aquela que transbordará o coração por sermos tantos... Brilhando no futuro, e juntos.
A igualdade alivia a alma, e se basta em alegrar! os deveres.

Ora, não estou, como todos nós, cúmplice e em mesma jornada missionária de moldar o espírito ao apreço de Deus?
Meu ensejo é ser, no amanhã, uma de Suas ferramentas para auxílio de meu irmão.
Há maior motivo para felicidade?

Agora sou mais atento ao inevitável, e sigo no cumprimento das obrigações benditas para com meu Pai.

Porém, por inúmeras vezes, tenho pressas inúteis ao longo da caminhada eterna.
Sei disso.
É como um breve esquecimento do princípio Maior, em nome dos retalhos que são as vontades.
Mas, esquadrinhando o estado vigilante, logo preservo o sossego e a responsabilidade, e abro mão de aquisições momentâneas, dos confortos vezes desnecessários, para ter no tempo, a paz necessária à sabedoria de doar-me.

Quando acometida a breve queda ao egoísmo, volto persistente ao íntimo, e lembro ainda outra vez, de nossa igualdade, que só nos difere uns dos outros através do tempo de existência e do momento de vida, individuais.

Ciente, sigo à frente de forma objetiva e trabalho visando a mim, nada além do necessário, e a meu irmão, o máximo que eu conseguir.

Porque é isso que me faz feliz!

Assim, em qualquer restante tempo, sinto o forte desejo de espalhar a Palavra de esperança, e o estímulo à reforma pessoal como a mais frutífera das sementes.
Faço-o com tanto amor, que me torno algo magneto da Divina semeadura.

Uso os momentos de solidão para transformá-los em momentos de solicitude. Esse é meu novo pão.

Tais instantes são totais, e bem acompanhados de robusto esforço, posso enviar meu único tesouro: a fé.

A energia vai entregue àquele irmão derramando lágrimas agora, pelo esplêndido plano celeste socorrista. Do qual, em tempo bom, farei parte.

Cerro os olhos do espírito para visualizar em pensamento, luzes, e embalar irmãos em prova, consolo, cura, e compreensão. Há uma nuança sarando cada aflição. Eis em trânsito a verdade dos anjos servis do Mestre, espíritos mais felizes: São eles os delegados ao fortalecimento da vida.

O amor já é íntegro, e com preces largas, me preparo para o exercício vindouro.
A vida é o treino perfeito para que nos tornemos definitivamente servis como o Alto nos requer.

Entendo fielmente a palavra caridade.
É a que desejo do irmão, quando me vier a dor fraterna que tanto fortalece. E é a que, enquanto me há reservado no tempo, ainda o platô de alívio, emano por legítima necessidade! ao sôfrego, o desejo de seu bem-estar.

Atrelamo-nos dessa maneira.
Uns aos outros, no espetáculo da fraternidade.
E isso, nos transborda em bem.

Não há páreo que contemple o mal. Com tanta protuberância vinda do bem, em sua simplicidade e angélica união, a maldade é somente, infeliz.

Com Deus Pai,
Assim é. Assim sempre será.”

Você, um lugar.

"No tempo livre"

Não leve seus títulos materiais à boca, em conversa atual.

Não faça menção a seu cargo ou posição social. Esteja você em momento favorecido, ou em evidente detrimento.

Reflita sobre os altos e baixos da vida, e considere ainda não ser capaz de compreender os altos e baixos da eternidade; mas mesmo assim, amá-los por serem perfeitos.

Use sua profissão para sustento, se possível, para benefício.
Acumule gentilezas que não dependem de expertises. E saiba que estas, serão as indeléveis.

Procure em seus pensamentos, formar um raciocínio reto e claro.

Use o tempo de espera da vida, todas as filas, prazos e situações que exigem paciência, para exercitar a coragem.
Nessas horas, faça seu silêncio e abrace a sua consciência, guiando-a pela mão a um espelho do qual não se consegue esconder ou melindrar as falhas.

Se a vergonha bater, cuide do orgulho e da vaidade. E depois, de você como você é.

Se for o arrependimento açoitando, lembre da Misericórdia Divina permitindo eternos recomeços, dependentes apenas do seu esforço, e busque a reparação.

Date-se a extinção de maus hábitos, partindo dos que mais oferecem risco ao bem estar do próximo, e depois ao seu.

E não se esqueça das mudanças necessárias para evitar este, agora doloroso remorso, e que para uma consciência refrescante, há sacrifícios e privações importantes.
Isso é cuidar do porvir.

Porém, faça-o voluntariamente, evitando os atrasos causados pela vicissitude te ser a única maneira a conduzir à reforma da alma. Aquela que todos nós realizaremos para atingir a felicidade verdadeira, pois só assim, o auxílio é perfeito, quando realizado por pessoas felizes porque trabalharam para o serem.

Utilize para crescer, exemplos de seus sôfregos ou felizes IRMÃOS, e ganhe intimidade com a lei de causa e efeito que rege com maestria nossas atitudes diante do livre-arbítrio.

No tempo livre, ajude seu coração a entender essa irmandade, treinando a troca de lugar com semelhantes em demasiado sofrimento à compreensão humana, sinta a fé como o grande alicerce, e perceba o que você gostaria que te fosse feito.

Faça em seguida.

Ampare com clamores ao auxílio, mentalizando esferas de alívio em forma de luzes coloridas.

***
Assim você estará em contato com as ‘formas’ do futuro.
***

Pense, como se estivesse falando. Procure o tom mais agradável, os assuntos mais construtivos (firme-se em bondade), raciocine com piedade se for considerar a maldade, ouça-se a voz, avalie se te agrada... Corrija-se nos erros da Língua, se possível. Assim, haverá um preparo automático para que você se dirija aos outros mais adequadamente.

Separe mentalmente seus estopins de fúria de suas galantes esperanças.
Será sua principal ferramenta para lutar contra as malícias humanas, e contra a destemperança de que ainda sofremos por sermos egoístas.

Contenha espontaneamente as reações explosivas, sem que retê-las internamente te cause comichões. Para isso, o mais fácil é DESVINCULAR sentimentos de frustração de falsos alívios vindos da destruição de objetos; ou de pessoas, com palavras meliantes.

Isso te preservará paciente e sem desespero, quando chegar o tempo de esperar.

...

Perceba como o mundo já não te irrita mais.

Sua nova paciência se fez em virtude destes treinos incessantes, uma vez que toda situação traz duas oportunidades: vivê-la / senti-la. Repare então, na falta de tempo.

Note ainda, que antes de praticar novos hábitos, horas de espera te entediavam, e agora, te enriquecem.

E você ainda vai entender que te reformam...

Tenha canetas e caderninhos espalhados por seus principais lugares, algumas ideias de bondade são sublimes, e podem ser divididas se registradas.

Busque fontes de ternura no seu entorno.
Uma criança vacilante nos passos, uma tonalidade de flor em abundância grudada numa árvore gozando de sua estação favorita, um sorriso de pessoa estranha oferecido a você!...

Nutra essas cenas, com referências de seus amados, com lembranças... Um sapatinho seu, que era da mesma cor que o da criança desconhecida, tropeçando ali na sua frente, rumo à grande caminhada...

Pense nos símbolos que se pode relacionar com o 'aprender a andar'... Com a 'queda de flores belas', com a 'imponência de muitos galhos', com a 'sutil velocidade do vôo dos pássaros'...

***
Assim, você está usando a matéria para entender a Lei.
***

Regida pelo despertar do amor.

Sinta brisas, e a deseje aos sedentos de justiça.

Satisfaça-se o corpo com uma refeição, e sonhe! Que um dia não haja fome assolando os SEUS IRMÃOS. Isso te faz agradecido e te alimenta a alma de esperança.

E a esperança fortalece as pernas, os pulmões, o coração... Para que sua bondade ande até mais longe, para que seus ares levem providência, e que de seu coração emane amor.

Aonde quer que você vá, leve a paz. Para isso, retarde sua saída, mesmo compromissada, para que seus pequenos infernos não saiam com você.

No tempo livre e com as pessoas, desperte nelas o prazer de sua companhia. Não é preciso falar, necessariamente. Faça-se agradável em silêncio também.
Observe como se divertem ou se desentendem, sem abandoná-las. E assim, participe de mais vidas.

No tempo livre sozinho, socorra-se com a sua aprendida e acessível calma. Retifique-se para amanhã, quando estiver diante da mesma situação que te perdeu hoje.
Quando a vontade do caminho menos trabalhoso e mais prazeroso te tentar, pense em mais amanhã...

***
Precise de menos coisas para ficar bem. Precise somente do que há em fartura, e mesmo assim, somente queira: Deus.

Isso te garante melhor adaptação aonde quer que você vá.
***

Não tema ou rejeite as chagas alheias, se as suas não te causam asco ou temor.

Não julgue ou suponha razões para as desgraças, e lembre-se da Terra como um educandário de bons modos, preparando crianças ao exercício celeste do futuro.

O tempo de ascensão dependerá de você, como agora há a chance de uma boa ação.
Você a fez?
Faça-a.

Automatize favores, e desassocie-os de favores feitos a você.
Assim, você não corre o risco de cobranças indevidas, e acumula sensações de consciência satisfeita: foi por sua causa, que alguém sorriu ou se resolveu.

Isso te ilumina de luzes que ainda não temos autorização para ver, mas estão lá.

Acostume-se a, ao fechar seus olhos, imaginar imediatamente uma cor que vibre pacífica. Isso treina a imaginação, que convertida em benignidade, é fonte de transformação dos bons ensejos em reais auxílios energéticos aos enfraquecidos deste momento.

Creia que suas vibrações de amor são manipuladas por um plano maior, e distribuídas de acordo com a necessidade, formando uma esfera menos heterogênea e individualista, onde seus IRMÃOS da Terra recebem sua tranquilidade como medicamento.

No tempo livre, ouça música clássica, contemple expressões de arte, e veja como sua mente é levada a ambientes de criação, e como estes, te cabem vendo o contraste da dor com a beleza, dando sábia referência.

Prepare-se para o labor agressivo ao corpo, em nome do legado moral... Sempre que suas forças forem à exaustão em prol de um IRMÃO menos forte, sinta que há nos pequenos alívios, o início de sua purificação através da caridade.

Saiba que as paixões nos sujam, e que o amor nos limpa.

Visite-se ao espelho regularmente, e acompanhe essa limpeza que sua consciência foi necessitando ao longo da vida, quando os céus não te faziam o sentido que fazem hoje.

Ao ver-se e sentir-se diariamente, com a gratidão excelsa pela vida... Ao treinar-se em privações materiais oferecendo o que te faltará! a alguém... E finalmente, ao sentir todos, como família... Sua paz te dominará, e o porvir não te assusta: houve coragem de você se enxergar como realmente é. Porém, sua maior riqueza vem de enxergar também suas possibilidades, e de ESCOLHER o melhor.

Assim, você terá certeza de si, e não mais precisará temer a Deus, mas desejar participar de Seus trabalhos!

Tudo isso te dá tanto prazer e tanta honra... Que o sorriso mais sábio (o que não depende de satisfação pessoal) se mudará para o seu rosto.

E então... Conceba que inferno e céu nada mais são do que o quê você realmente é, ‘depois de sua passagem’, se tornando um lugar.

Providencie que seja agradável.

"Pensamentos da manhã"

Obrigada, Senhor, por mais um dia de vida...
Meu corpo respondeu em teu nome, e pela manhã me levantei por Ti.

Segui usando os objetos, e me preparei para um dia de jornada...
Saí de casa segura e feliz, porque ao cerrar a porta, o Senhor me aguardava do lado de fora.
De frente para a vida.

Obrigada pelas mãos dadas me conduzindo ao labor de todos os dias. E por todas as ocasiões em que Tuas direções guiavam as minhas. Infantes, e muitas vezes, perdidas ou vulneráveis.
...
Ao longo da manhã, olhei com encanto para o imenso céu, e pedi por Tua ciência de meus passos... A fim de regressar ao lar... Em Tua companhia... Após minhas horas.

Lar, onde mora meu afago e onde minha fé é educada... Onde as preces são lições de casa, e o coração é lapidado com paciência, restaurado de suas tantas falhas.

Encaminhe-me para o futuro, assim que eu demonstrar capacidade de ajudá-lo.

Vele meu preparo, e proteja minha honestidade como as grades um berço impedem os perigosos pulos, antes dos perfeitos passos... Como a casca de um ovo aguarda a vida fortalecida, e como as redomas protegem jóias raras...

Até que eu me forme alguém melhor, por seguir as Tuas palavras.

Obrigada, meu Pai, pelo discernimento cada vez mais claro entre o pueril e o indispensável, e pelo feixe divino, enraizado em meu peito tomado por esperança e por vontade.
Agradeço ainda, a magnífica faculdade de amar este Teu amor de verdade.

E, Senhor, sufoque em Teu bálsamo eterno, a minha raiva e a minha belicosidade. Tardios na retirada do meu peito, que em Ti, vai sendo purificado.

Ajude-me a destruir meus defeitos, honrando o que venho aprendendo através do amor, e valorizando o todo que aprendi através da dor.

Permita-me em meu ramo de sentimentos, afagar meus semelhantes como se fossem parentes, desejar o carinho a todos os seres, e me tornar melhor Filha de Ti.

Ajude-me também, a ser melhor filha de meus pais.

E ao longo do dia, ao longo da vida de numerosas missões, que eu complete ao menos, aquelas por mim previamente propostas.

Minha fé acredita na paz eterna.
Meus medos contam com o Senhor para acalmá-los...
Minha solidão não existe...
Minha alma é entregue em caráter, à Tua misericórdia celeste...

***
Ilumine minhas mãos e minha fala.
***

E que um dia, meu espírito se faça claro e assertivo, assim como a fé em Ti, recolhe vestígios de lascívia e excessos de humanidade.

Que a metamorfose fiel erga sempre meu olhar aos céus, buscando na vastidão das existências, alguma importância, ainda que em tal pequenez! diante de Teu reino imensurável...
Ao qual um dia servirei em gratidão à tão excelsa obra, uma humanidade que aos poucos, vai aprendendo a amar sem impor tolas condições, uma vez entendendo que o amor verdadeiro se torna um sentimento natural ao fiel a Deus.
...
Incomparáveis, às Tuas obras toa minha voz interior, intermitente!... Entre meus soluços emocionados, e a mais repetida frase:

- Pai, muito obrigada.

"À Felicidade"

“A felicidade não é deste mundo.” (J. C.)
“A felicidade é sua.”

Mundos infelizes apenas não são capazes de associar a felicidade ao feixe vital (um fundamento de mundos magníficos a mundos obscuros).
Porém, havendo vida, há graça.

E a intuição da bondade permeia todas as almas. Uma vez o avante posterior às revoltas e às lascívias de nossas vivências inferiores existindo em todo o ser, a benevolência surge inerente, por encaminhar-nos ao progresso no momento oportuno a cada um... Alheia à nossa vontade momentânea de permanecer em engano ou em protesto. Pelos hábitos da acomodação.

Ainda assim, no instante de nossa resignação, somos amparados.
Em pleno arrependimento, somos consolados.

Um impulso dos servos de Deus (nossos irmãos já mais crescidos e retos) nos arremessa como a um momento de fecundo rebento. E somos então, comemorados.

É a nossa Era pessoal, se fazendo exclusiva no trajeto e igualitária na conquista, conforme Deus aguarda a aproximação de cada uma de suas criaturas, de seu seio misericordioso.

Então, estamos momentaneamente neste orbe material, ligados ao espírito cingido de vida pela dádiva da criação, em processo de reforma íntima.

Disponíveis o veículo, a inteligência, e o ultimato dos tempos apelando para nosso ingresso no caminho do esforço e da serventia ao bem.

Inata do espírito (por mais tempo que este leve para notá-la) há a etérea semente da benignidade em aguardo. Com respeito às nossas safras, mas piscante quanto à necessidade de regá-la prontamente, a fim de sairmos da perseguição das próprias satisfações, e de transformá-las por completo! nos efeitos de nossa caridade e amor ao próximo, atitudes plenas, frutíferas... E felizes!

Esta semente é a inclinação (às vezes clara, outras, ainda misteriosa) às normas de nosso Deus: a extrema e sábia bondade.

A doutrina dos espíritos, em seu acervo magnífico, nos liberta à cintilante justiça divina, transborda de respostas nossas dúvidas, e desencoraja o comodismo...


Ao perseguirmos o consolo, ganhamos instrução.


O conhecimento protege as boas atitudes, zela pelos despertares, festeja as energias geradas pelo aprendizado... E nos unge com a aproximação de irmãos de luz, contentes com nossas pequenas vitórias na eterna luta contra o mal.

Tão exaustiva quanto emocionante, é a fartura de saber. Sublimemente disponível àqueles que já ouviram seus nomes chamados para agirem em nome da benevolência, a auxiliarem energeticamente nosso mundo de personalidade frágil, e tão vulnerável à vaidade e ao gozo da matéria.

Tal convocação, sutilmente entendida através de um sentimento impetuoso, agindo de dentro para fora como uma explosão de bons fluidos é acatada com lisonjeio quando notamos, ainda que vagamente, a importância de progredir em gratidão à vida que nos fora concedida.

Pois bem, aos tropeços com as sensações egoístas e vaidosas, vamos cedendo com calma e ao nosso tempo, a essa onda vibratória tentando nos aperfeiçoar, por piedade e carinho com a condição humana de nosso espírito hoje.

A serenidade passa a fazer parte de nosso instinto. O mesmo que antes de conhecer a bondade divina, vagueava entre suprir saciedades vazias e alimentar nossa ilusória grandeza...
A mansuetude necessária para assimilar as boas novas se faz tão constante quanto é nosso interesse ilustre em ingressar à falange dos trabalhadores do plano espiritual, finalmente compreendendo as orientações que resignam e enriquecem a alma, ensinadas por Cristo Jesus.

Mais! Com anseio, recolhemos das palavras do mestre salvador todas as sementes, para tentarmos plantá-las em solo nosso, e sonhamos alimentar a todos os que ainda vêem distância entre o emprego da submissão a Deus, e suas realidades.

É que o brilho do despertar nos cala por instantes (muitas vezes longos e repletos de graça), enquanto deixamos transbordar a felicidade de que Deus é, além de magnífico, compreensível.

Muito prováveis, as lágrimas que nos escorrem quando acordamos para a vida verdadeira, são de gratidão.

Eis que não sabemos por onde começar! Torpes de amor e brilho, emocionados com a misericórdia e a paciência de Deus para conosco, sentimos urgência de que Ele nos escale à labuta em favor do bem.

Como ouvir os chamamentos? A quem proferir as palavras de gratidão, se a partir de então, um broto que desabrocha e vira flor, passou a ser estonteante e nos mareja os olhos?

Dizem que o começo é por nós mesmos.
Assim, seguimos festejantes às leituras que abrem as portas para o amor eterno e para a disciplina perfeita da fé. Conduz-nos à sabedoria praticável, às mudanças que lapidarão nossa essência e nos resgatará do erro.

Somos apresentados à Kardec, e então, a saudade não sufoca como antes.
Lemos as belezas de Chico Xavier, e somos magnetizados à caridade quase que instantaneamente... Voltamos à Bíblia e a lemos com acato...

Passamos a orar em conjunto, com humildes grupos de mesmo ensejo, e talvez outra condição física... Nossa fase de aproximação com falanges de luz se inicia humilde... Sentimo-nos muito necessitados de agradecer ao galardão imenso, por isso já iniciamos as preces vibratórias pedindo pelo mundo, e não por nós mesmos ou parentes.

Estudamos para uma melhor eloquência, treinamos as palavras e os tempos verbais para que oremos pelo coração, com a inteligência...
Passamos a ler em voz alta os trechos mais encantadores e cheios de esclarecimento, imaginamos as mesmas lições, através da voz de Jesus... Naturalmente, a retórica aterrissa em nosso virgem solo... Magnética, para que a sabedoria se espalhe...

Ao fecharmos os olhos, já passamos a imaginar luzes de cura, de pronto!
Estamos suavemente automatizando as atitudes aprendidas, e ficamos felizes.

De repente, algum evento doloroso nos acomete (parecido com as desilusões comuns a nós, ou novo, de maior gravidade)... Diante da dor enlouquecedora, elevamos os pensamentos aos mesmos companheiros a quem nos referimos em nossos lares, chamando-os em oração, e pedimos para que intervenham neste momento, se assim se fizer aprazível a Deus, nosso criador.

Havendo importância na passagem pela dor extrema, seu curso será de acordo com o determinado pelo alto. Havendo pilares de fé verdadeira, às vezes podemos receber o alívio. Quando já prontos para assimilar a lição.

Após o evento, sabemos que outros virão, e nos maravilhamos com a dignidade que conquistamos ao passar por este, munidos de recentes serenidade e atenção. O alívio veio em segundo plano, após a fé.

Celebramos como estamos ficando...
Transformando-nos...

O silêncio passa a ser amigo mais íntimo, e a quietude nos eleva... No tempo livre do trabalho, passamos a escolher novas leituras, em busca das mesmas sensações de paz e coragem de nossas primeiras grandes descobertas...

No contato com os outros indivíduos, os vemos como portadores de um espírito, numa mesma jornada evolutiva, e sentimos em todos os estranhos, uma cumplicidade e certa parceria.

Sorrimos mais, ou melhor, sorrimos quase o tempo todo, e quando nosso rosto não o está fazendo, nosso espírito está refrescante em nossa companhia, agora se levantando para o exercício da graça divina.

Nossos amigos de sempre, ficam mais queridos.
Nossos pais, agora são nossos parceiros, amigos, e os admiramos com tanto carinho... Por terem aceitado a missão de nossa guarda, como preparo de nosso caminho para o curso de nossa história.

O amor é tão forte, tão íntegro, que quer se exercer até aquém de nossa resistência física... Queremos deitar exaustos de caridade... Quase rejeitamos o descanso, tamanho entusiasmo!

Nossa justiça toma novas formas, e não mais entendemos a diferença entre ricos e pobres, pois a posse de matéria ou a falta dela, faz parte de um trajeto, e não de uma predileção infundada.

Olhamos para as crianças como se possuíssem a chave do novo mundo, e as protegemos com toda a força, em pensamento e oração por suas escolhas salvadoras.

Vemos nos idosos, segmentos de missões honradamente cumpridas... Vemos neles, o vir e voltar, da vida à Vida, e os condecoramos com nossos sonhos de longevidade. Com o tempo em mente, a ser usado com perspicácia para maiores realizações.

E se o mesmo se nos fizer curto, compreendemos seu curso com pouquíssima vontade de protestar, e muita vontade de cumprir o determinado por Deus.

Acumulamos alguns livros lidos, voltamos aos mais complexos, enriquecemos nossa postura afim de adequá-la à prática do bem.

Então, as parábolas bíblicas são perfeitas. Atemporais. Versáteis às mais remotas ou futuras eras... Por se tratar da Verdade plena e única. A fonte de nosso esforço.

O espaço para irritações, impaciências e ganância se faz escasso. Nossas revoltas antigas se desintegram em nossa novata busca por retidão. E mais! Nossas falhas sentem obrigação de serem revistas, dessa vez, em acordo com as leis de causa e efeito...
De imediato, procuramos na memória aquelas que causaram efeito negativo ou ferimentos emocionais, e avaliamos se é possível então, repará-las.
Caso o reparo em si diste de possibilidade, procuramos através de outra ação de benevolência, sanar a dívida...

Tudo isso acontecendo, e nós, incandescentes de ímpeto benévolo, aquietando os instintos, prevenindo e repreendendo nossos sentidos ante as tentações humanas, utilizando de vigilância e positivismo, mergulhamos na vida com profunda felicidade.

Contudo, a felicidade é do SEU MUNDO! Assim que em seu mundo, a disciplina da fé verdadeira, for o combustível que o levará aos planos de Deus, à sua vida.

A instrução traz felicidade.
O silêncio é feliz.
Os despertares são celestes.
As mudanças pessoais da vivência em Cristo, pairam pelos céus, em júbilo por esta causa.
A conquista da humildade faz excelsos servos divinos, dançarem em sua homenagem!

Há um imenso Sim de Deus, sempre que os véus da cegueira do egoísmo e do orgulho caem por sobre os pés que antes tropeçavam sem sentido no caminhar...

É quando um a um, Seus filhos adentram nos campos da serventia ao bem. Por amor, e por gratidão.

Isso é felicidade.
Aqui, neste mundo, e onde quer que estejamos.

E que assim seja.